quinta-feira, 26 de março de 2009

Nos EUA a receita do setor deve crescer de US$ 160 milhões em 2008 para US$ 3,1 bilhões em 2013.

Especificações técnicas e de boas práticas elaboradas pela Mobile Marketing Association são divulgadas esta semana para o setor.Anunciantes e agências que apostam em publicidade móvel no Brasil passam a contar com especificações técnicas e de boas práticas elaboradas pela Mobile Marketing Association, com o apoio do comitê de mobilidade do IAB Brasil. Os manuais começam a ser divulgados a partir desta terça-feira (24/03) durante um fórum promovido pela MMA, esta semana, em São Paulo e estão disponíveis pela internet.

De acordo com Terence Reis, diretor da MMA para América Latina, os manuais de Melhores Práticas no Trato com o Consumidor e Instruções sobre Publicidade Móvel abordam desde instruções técnicas envolvendo formatos de anúncios e fornecedores, a melhores práticas para 16 tipos de ações de marketing móvel - envio de mensagens de texto (SMS), 'quiz' etc. - e assuntos ligados à privacidade do consumidor. "Neste processo, por exemplo, o consumidor que pediu para receber um conteúdo não pode ter seu contato usado em outras ações, sem autorização prévia", observa Reis.

Na avaliação de Abel Reis, presidente da AgênciaClick e responsável pelo comitê de mobilidade no IAB Brasil, após o estalo do mercado publicitário provocado pelo lançamento do iPhone 3G e a expansão das redes de terceira geração no Brasil, o ano de 2009 deve marcar a evolução da mídia móvel.

"Temos uma população de mais de 152 milhões de usuários de telefonia celular no Brasil, mas não uma audiência", observa. "É o momento de estabelecer parâmetros importantes para este setor como uma formatação comercial adequada e informações mais sólidas [em métricas de resultados] para que o anunciante sinta-se confortável para trabalhar com a mídia móvel, de forma previsível e natural", avalia Abel Reis.

Por enquanto, a MMA e o IAB não possuem dados consolidados sobre o tamanho do mercado de publicidade móvel no Brasil. Nos Estados Unidos – mercados que vem amadurecendo como o europeu em mobile marketing - a receita de publicidade móvel deve crescer de 160 milhões de dólares em 2008 para 3,1 bilhões de dólares em 2013, revela uma pesquisa do The Kelsey Group, divulgada em fevereiro de 2009, pela associação 3G Americas.

Público receptivo E o consumidor brasileiro estaria interessado em participar de campanhas móveis? Uma pesquisa recente divulgada pela Mobile Marketing Association (MMA) garante que sim. O estudo feito em agosto do ano passado 1.301 usuários na Argentina, no Brasil e no México mostra que os brasileiros são os mais receptivos a ações de marketing por meio de seus dispositivos móveis.

A avaliação realizada pela Synovate, em agosto de 2008, mostra que 34% dos brasileiros entrevistados têm grande interesse em campanhas de marketing pelo celular ou smartphone, acima da média de 26% dos outros dois países entrevistados - 29% dos mexicanos e 18% entre os argentinos.
Fonte: IDG Now