segunda-feira, 30 de junho de 2008

Cinema Catarinense em destaque

Zeca Pires, cineasta de Florianópolis, possui diversos trabalhos que retratam aspectos da cultura de Santa Catarina, em especial dos habitantes da capital. Foi um dos criadores da Cinemateca Catarinense e do Fundo Municipal de Cinema, além do Curso de Cinema e Vídeo da Unisul. Atualmente, é diretor do Departamento Artístico-cultural da UFSC e doutorando em Engenharia de Produção pela UFSC na área de mídia e conhecimento, com a temática Cinema Digital.
Produziu os curtas de seu conterrâneo Penna Filho "Naturezas Mortas" (1995) e "Victor Meirelles - Quadros da História" (1996). Foi assistente de direção de Cacá Diegues em "Um Trem para as Estrelas" (1988) e de Sylvio Back em "Cruz e Sousa - o Poeta do Desterro" (1999). Dirigiu seu primeiro longa-metragem (o segundo da história de Santa Catarina) em 2004, em parceria com o baiano José Frazão. Tem dois livros publicados: "O Cinema em Santa Catarina", em co-autoria com Norberto Depizzolatti (1987), e "Cinema e História: José Julianelli e Alfredo Baumgarten, pioneiros do cinema catarinense" (2000), sua dissertação de mestrado. Seu primeiro longa solo, “A antropóloga”, que conta a história de uma antropóloga açoriana que atravessa o Atlântico para descobrir os costumes e os mistérios da cultura ilhéu catarinense, deve ser finalizado até o fim deste ano.

A Antropóloga
Com cerca de 90% das imagens captadas na Costa da Lagoa, o filme retrata Florianópolis com uma novo visão. A protagonista Malu (Larissa Bracher), antropóloga açoriana, resgata com grande suspense os mistérios da cultura popular e do folclore da Ilha. O enredo de “A Antropóloga” é também uma homenagem às tradições populares de Florianópolis, pois o eixo central da trama que envolve Malu em surpreendentes descobertas teve inspiração na obra do artista e pesquisador da cultura açoriana Franklin Cascaes.
A idéia da produção é estrear o longa em 2008 como parte das comemorações do centenário de Franklin Cascaes. A montagem do longa é realizada por Giba Assis Brasil, da Casa de Cinema de Porto Alegre. Silvia Beraldo responde pela criação da trilha, que envolve o som de uma viola portuguesa de 15 cordas gravado nos Açores. A equipe de “A Antropóloga” conta ainda com Maria Emília de Azevedo na Produção Executiva. O roteiro foi criado por Tânia Lamarca e Sandra Nebelung, a partir de um argumento de Tabajara Ruas.
O elenco do filme é composto, quase que totalmente, por profissionais catarinenses. Entre os atores, apenas Larissa Bracher veio do Rio de Janeiro. Além de gostar do trabalho da atriz, Zeca Pires queria alguém com um olhar estrangeiro sobre os nativos. O elenco local é composto por Jackie Sperandio, Luige Cútulo, Rafaela Rocha de Barcelos, Sandra Ouriques, Severo Cruz, Eduardo Bolina, Paula Petrella, Ricardo Von Busse, Antonella Batista, Édio Nunes, Pedro Paulo Pitta, Fernanda Marcondes, e Aline Maciel. Todos os atores participaram de um trabalho de preparação de elenco de três semanas, realizado pelo diretor teatral Celso Nunes.
Fonte: Departamento Artístico Cultural - UFSC
Assista o clipe do filme:

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